quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Sabor da infância



Raquel Cristiane Andreis

Mal se pode ver, mas ao vivo, é muito bom de enxergá-la e lembra-me das horas de brincadeira quando criança e das escaladas bem feitas até o topo, não só para pegar a fruta, que é deliciosa , mas pelo desafio. Lá das casas ouço ainda mães preocupadas com as crianças:
-Desçam daí!!! Vocês querem cair e se quebrar?
E nossos ouvidos nem davam bola!! Queríamos mesmo é brincar. E se ameaçados, corríamos e logo voltávamos!!

Assim posso descrever um pedacinho bom que me recordo com carinho, da minha infância. Um pé de goiaba era, uma das tantas, diversões que adorávamos.
Toda vez que hoje vejo um pé desses consigo sentir (o que é mais gostoso) o gostinho de subir numa. As mães das outras crianças ficavam super preocupadas, assim como a minha, quando fazíamos essas estripulias.
Quando falamos sobre vários ambientes de aprendizagem, coisas das aulas, me recordei de tudo que era bom, das experiências vividas. Na caminhada de volta do trabalho para casa, me deparei com uma dessas: Uma árvore linda!
A minha era mais fácil de subir, claro.
Quando passava na rua olhei as árvores que tinha no caminho, várias flores também encontrei, mas a goiabeira, foi especial. Fez-me recordar e sentir a infância, ainda mais quando depois que reparei nela, outro dia, vi dois meninos em cima, pegando as frutas. Olharam-me com espanto e disfarçaram, pois provavelmente já tinham recebido um xingão de algum vizinho!
Pude perceber com essa análise o quanto ficamos “chatos” para as coisas que nós mesmos fazíamos e hoje não deixamos os pequenos fazer. Deixamos que a liberdade (liberdade?) deles seja muito controlada. Temos que reaprender a viver e olhar de outra forma os perigos que as crianças correm, deixando-as livres para viver a infância com sabor e intensidade.

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