quinta-feira, 13 de novembro de 2008

O MAR


O mar
Vivian Cristina Rosa de Farias
01/09/08

Sou uma apreciadora da beleza do mundo. Da beleza natural. Daquilo que Deus nos deu para que percebamos a sua existência. A beleza das flores, a força e determinação das árvores, o desenho das nuvens, a cheiro da terra, a velocidade do crescimento da grama, a força e, às vezes, fúria do vento, o brilho das estrelas e a energia do sol que até de noite, através da sua amiga lua, nos manda a sua luz e beleza. Isso tudo sem falar nos animais, em seu instinto ou sabedoria, dependendo da forma como os vemos.
Mas de todas essas coisas há aquela que, para mim, mostra maior beleza, força e determinação. É lá, na beira do mar, onde me sinto revigorada. É lá que me sinto mais próxima de Deus.
Vivo em uma “selva de pedra”, onde as pessoas preocupam-se com o trabalho, com as contas a pagar, com o salário (será que vai chegar até o final do mês?), com os compromissos, com a faculdade. Nisso tudo a beleza fica camuflada entre prédios, asfaltos, carros, fumaça, pessoas com fome, com pressa, com dor e com pouca vida em suas vidas. Também me incluo em tudo isso, não estou alheia ao ciclo viciante do mundo globalizado. Mas quando percebo que a “selva de pedra” está me engolindo é que me volto à beleza. E se há tempo, dinheiro e luz vou ao mar.
A beira do mar penso, oro e contemplo. As águas são persistentes em seu ir e vir constantes. Para mim o mar é vida e morte. Vida, pois refresca, energiza, fortifica, enriquece e empobrece. Morte, pois enfurece, polui, recua e engole.
Para mim, Deus se mostra forte à beira do mar, é lá que a vida borbulha dentro de mim.

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