quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Meu caminho


Fátima Franciele de Oliveira

Meu caminho é longo, quando não pego dois, pego um. É o ônibus que me leva ao meu destino. Na viagem pessoas sobem e descem, há conversas e risadas, porém de fora é apenas um ônibus. E quem está dentro do ônibus, vê lá fora tudo o que se quer ver.
Há pessoas a caminhar e correr em ruas largas e estreitas, com e sem calçadas. As pessoas param em grandes árvores para recuperar o fôlego. Nas calçadas há gramados com floreiras lindas, mas também há algumas com pisos brutos sem vida. No caminho vejo casas, apartamentos e até cemitérios. O ônibus sobe e desce... Quando sobe, vejo em dias de serração, as gotas de orvalho caindo e quando desce curto mesmo é o embalo do ônibus sem precisar trocar a marcha.
No meu caminho há lugares que me fazem sonhar e lugares que prefiro nem recordar. Esse caminho conheço até de olhos fechados, e posso me guiar apenas pelo ronco do motor.

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