quinta-feira, 13 de novembro de 2008


São seis horas da manhã, de uma segunda-feira qualquer. Que delicia dormir ao som da chuva batendo no telhado e saber que, dentro de alguns minutos, quando abrir a janela, verei a grama do pátio, da minha casa, mais verde do que nunca. Logo em seguida abro os olhos, enfim é hora de acordar. Olho para o lado e observo meu filho pequeno, de quatro anos, ressonar. Do outro lado da cama, está o meu esposo, que, também, adora dormir ninado ao som da chuva. Entretanto, neste momento em que tudo parece estar em paz, sou assoberbada pela mais cruel das dúvidas: Acordo-os para me levarem até Universidade? Ou, quem sabe, me aventuro a passear pelas poças d´água, proporcionadas pelas muitas horas interruptas de chuva? Então, após alguns segundos de inquietação, finalmente tomei minha decisão e a anuncie bem baixinho: Durmam, pois eu vou de ônibus, se estiver chovendo, na volta, eu ligo para me apanharem. Findada a aula, me dirijo ao ponto de ônibus – ainda estava chovendo - e penso: Ligo para me apanharem ou retorno de ônibus? Optei por retornar de ônibus. Prestem atenção, agora vem grande surpresa da história. Chegando em casa, meu prato já está sobre a mesa me esperando, a comida pronta para ser saboreada, a casa arrumada e tudo em silêncio. Perguntaram meus interlocutores: Onde estariam seu esposo e seu filho, na hora do almoço, de um dia de chuva?
É claro, lá na Universidade me esperando, para que eu não me molhasse. Essas são apenas algumas das agradáveis surpresas, que só um dia de chuva poderia me proporcionar...

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