quinta-feira, 13 de novembro de 2008


CHUVA DE ALGODÃO
Mara Thomas

setembro 2008
Era madrugada do dia 24 de agosto. Acordei assustada, parecia que o teto vinha abaixo, que o telhado estava sendo metralhado por algo muito forte que vinha do céu. Levantei-me e fui à porta que dava para a cozinha. Parei estarrecida, pois na parte que era garagem, e sobre o assoalho de piso, confundiam-se entre as cores brancas o que era lajota e o que era o fenômeno da natureza. Um tapete de bolinhas vertia do ralo, integrando-se e formando um enorme tapete branco. Dirigi-me a janela, olhei e a grama que era verde como a relva, também havia sumido, mas um tapete se formava. Por alguns minutos, na madrugada, fiquei ali admirando uma obra divina, formada pela natureza, obra de DEUS, uma chuva forte de pedra que ao mesmo tempo se transformava em um tapete branco como a neve, uma chuva de flocos, uma chuva de algodão.

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