segunda-feira, 1 de junho de 2009

NÃO TEMOS ESPAÇO

As crianças são práticas. Para elas, brincar é uma necessidade primária, reconhecida pelos estudiosos do desenvolvimento infantil, e também um direito. Para brincar, elas precisam de espaço. Seja dado a elas o espaço do qual necessitam. (50)
[...] nos países ocidentais o número de automóveis em relação à população pode ser estimado em torno de 50 automóveis para cada 100 habitantes e que a metade desses carros fica parado. (50)
Uma intervenção administrativa urgente e obrigatória é a devolução dos espaços públicos aos cidadãos. Todas as praças deveriam ser desocupadas dos estacionamentos e devolvidos ao passeio, ao descanso, ao jogo. Todas as ruas deveriam garantir uma passagem fácil, cômoda e satisfatória e uma travessia fácil e segura, e o passeio público deveria ser garantido para pedestres nas calçadas, se houver calçadas, ou na própria rua. (51)
É necessário que nós adultos abramos os olhos para a realidade de concreto que construímos, ignorando a infância e suas necessidades básica: espaço, brincadeira, socialização.
Temos mais espaço para estacionar nossos carros do que para as crianças se desenvolverem de forma sadia e prazerosa.
Para tudo, isto precisamos ouvir o que elas querem e precisam. Os adultos correm todos os dias, o dia todo de um lado para outro, trabalhando para adquirir mais, dar conta de seus compromissos, buscando um futuro melhor para si e para os seus. Porém, deixa o mais importante de lado ou em segundo plano: o prazer de estar num local agradável e simples, onde se pode contemplar a criação de Deus, o mundo perfeito que temos. O adulto vive em função do futuro que visualiza, de conforto material, enquanto a criança, que vive o presente anseia pelo prazer de brincar.

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