quinta-feira, 25 de junho de 2009

Festival de Bonecos Canela


No dia 20 de junho de 2009, a turma de Ambiente de Aprendizagem realizou um passeio até a cidade de Canela para o 21º Internacional de Teatro de Bonecos. Assistimos várias peças de teatro na rua, tais como: "Musicircus" da Cia O Navegante-MG, "Macaco Simão" da Pregando Peça de Gravataí , " As aventuras de Pantaleão, Mágico Trapalhão" da Giba, Gibão e Gibóia de Porto Alegre, " Bichos do Brasil" da Pia Fraus de São Paulo, e " O circo de pulgas" da Legião dos Palhaços de Rio do Sul SC. Além disso participamos do Desfile de Bonecos que iniciou em frente a Catedral de Pedra e terminou na Praça João Corrêa.

O dia estava muito bonito permitindo um passeio agradável, onde associamos a oportunidade de conhecer o Festival e também a cidade. Os espetáculos que vimos, estavam interessantes e animados, com muita participação dos presentes. Percebemos maior agitação e interação em um dos teatros , "O circo de pulgas", onde o palhaço divertiu o público em geral e principalmente as crianças.

Enfim, o passeio foi muito divertido e de muita aprendizagem. Valeu a pena e muitas alunas sentiram vontade de voltar novamente no próximo ano.

(Desfile de Bonecos) (" Musicircus ")

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Quando as crianças dizem: AGORA CHEGA!




Praças para brincar




As crianças querem proteção e liberdade




Crianças e idosos: uma relação de amor e de troca de experiências




Brincadeira não combina com controle




As crianças precisam de espaço para brincar



BRINCAR DE GRAÇA

Muitas vezes, as periferias são ricas em áreas residuais abandonadas que sobrevivem às diversas ondas de urbanização. (55)
A sujeira e a insegurança tornam essas áreas inóspitas e geralmente desertas. (55)
Hoje em dia as crianças para terem oportunidade da prática de esportes, precisam se matricular em escolas ou clubes, pagando para terem espaço seguro e poder brincar, apesar destes espaços institucionalizados primarem pelo estudo de técnicas e normas, o que na verdade a criança precisa é o brincar livre, como nossa geração fez.
A urbanização acabou por eliminar espaços mais amplos, com construções de todo o tipo, o ser humano ocupou o ambiente de forma desenfreada, esquecendo-se de nossas crianças, que são levadas pelos pais para a escola, para o clube, a escolinha, para praticar atividades sempre muito dirigidas, podando a criatividade e a socialização.
Na periferia, encontramos lugares livres, mas pouco seguros, devido ao uso desses espaços por pessoas que não o cuidam e o degradam. Seria necessário organizar estes espaços com cuidados pela própria sociedade, como escolas, associações e até mesmo pelas pessoas, de forma cooperativa, reservando um local seguro e espaçoso para nossas crianças brincarem.

NÃO TEMOS ESPAÇO

As crianças são práticas. Para elas, brincar é uma necessidade primária, reconhecida pelos estudiosos do desenvolvimento infantil, e também um direito. Para brincar, elas precisam de espaço. Seja dado a elas o espaço do qual necessitam. (50)
[...] nos países ocidentais o número de automóveis em relação à população pode ser estimado em torno de 50 automóveis para cada 100 habitantes e que a metade desses carros fica parado. (50)
Uma intervenção administrativa urgente e obrigatória é a devolução dos espaços públicos aos cidadãos. Todas as praças deveriam ser desocupadas dos estacionamentos e devolvidos ao passeio, ao descanso, ao jogo. Todas as ruas deveriam garantir uma passagem fácil, cômoda e satisfatória e uma travessia fácil e segura, e o passeio público deveria ser garantido para pedestres nas calçadas, se houver calçadas, ou na própria rua. (51)
É necessário que nós adultos abramos os olhos para a realidade de concreto que construímos, ignorando a infância e suas necessidades básica: espaço, brincadeira, socialização.
Temos mais espaço para estacionar nossos carros do que para as crianças se desenvolverem de forma sadia e prazerosa.
Para tudo, isto precisamos ouvir o que elas querem e precisam. Os adultos correm todos os dias, o dia todo de um lado para outro, trabalhando para adquirir mais, dar conta de seus compromissos, buscando um futuro melhor para si e para os seus. Porém, deixa o mais importante de lado ou em segundo plano: o prazer de estar num local agradável e simples, onde se pode contemplar a criação de Deus, o mundo perfeito que temos. O adulto vive em função do futuro que visualiza, de conforto material, enquanto a criança, que vive o presente anseia pelo prazer de brincar.

QUANDO AS CRIANÇAS DIZEM: AGORA CHEGA!

TONUCI, Francesco. Quando as crianças dizem: agora chega! tradução Alba Olmi – Porto Alegre: Artmed, 2005.

As crianças vivem o momento, o seu tempo é incerto e por isso sempre responderá “AGORA”.
O adulto, pelo contrário, organiza o tempo contando com o futuro, mas somente porque ele o garantiu para si. Tem conta em banco, a loja perto de casa, alimentos na geladeira, o seguro, as roupas, a mudança de estação. Para Lee o futuro é garantido. Para os pequenos, para os fracos, para os pobres existe somente o presente e, se eles são privados disso, estão perdidos.(17)
Conceder a palavras à crianças, dar a elas as condições de se expressarem. (17)
Para que as crianças possam expressar e tenham o desejo de fazê-lo. É preciso que os adultos saibam ouvir. (18)
11 anos de trabalho no projeto”a cidade da crianças”cidades italianas, espanholas e argentinas. De 6 a 11 anos.
São, em grande parte, frases ouvidas pessoalmente e discutidas com as crianças.
[...] O jogo, as suas condições, as suas características, sendo esta ocupação mais importante, mais elevada e necessária da infância e, provavelmente, de toda a vida do ser humano. (21)
[...] as crianças que não brincam, ou que não brincam o suficiente e adequadamente, não serão boas mulheres e bons homens adultos, nem bons pais, nem bons professores, nem bons trabalhadores, nem bons administradores. (21)
O problema é que o adulto deve saber aquilo que está escondido nas entrelinhas das frases simples das crianças, retirar delas todas as possíveis conseqüências e os possíveis benefícios. (22)